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A vacinação na adolescência com foco no HPV

Vacinas: a importância e como agem

As vacinas são substâncias produzidas com o objetivo de proteger o corpo de infecções ao sensibilizar o organismo para que ele crie defesas contra os agentes infecciosos. Ao proteger o indivíduo vacinado, a vacinação retarda a proliferação da doença na população, conferindo, assim, segurança à saúde de todos. Estas substâncias são produzidas através do próprio patógeno, podendo ser utilizado o microrganismo morto ou atenuado ou então uma parte de seu material genético. Quando ocorre a vacinação e o produto é injetado no corpo, o organismo detecta a presença do patógeno e desenvolve defesas específicas para combatê-lo, mesmo que o agente da vacina seja incapaz de causar a doença; a defesa gerada são os anticorpos, que ficam de prontidão no corpo para protegê-lo em uma futura infecção: assim é criada a imunidade.

O HPV e sua vacina

Além das vacinas citadas, na adolescência é recomendada a vacinação contra o HPV (papilomavírus humano), uma infecção viral, transmitida através do contato sexual, que pode manifestar verrugas nas genitais e lesões que apresentam risco de desenvolvimento de câncer. Este vírus é de alta disseminação; calcula-se que a maioria das pessoas sexualmente ativas será infectada em algum momento da vida. No entanto, muitas destas pessoas não apresentam sintomas, que são mais comuns em mulheres grávidas e pessoas que apresentam imunidade baixa. Existem vários tipos de HPV e grande parte não causa problemas, mas há um certo número de formas deste vírus que pode progredir para um câncer; sendo assim, é de muita importância a prevenção contra a doença. As formas mais eficazes de proteção são o uso de preservativo durante as relações sexuais e a imunização, que não previne a infecção por todos os tipos de vírus, mas protege contra os mais frequentes. No Brasil, ela é indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos, com esquema de 2 doses e sendo oferecida gratuitamente pelo SUS, pois acredita-se que nesta idade ainda não teve início a vida sexual e, consequentemente, não houve contato com o vírus. A vacinação é também recomendada para mulheres e homens imunodeficientes, como infectados pelo HIV, transplantados ou pacientes oncológicos.