Gostoso, mas perigoso: as (contra)indicações do consumo de chocolate por crianças
O chocolate e sua composição
O chocolate é considerado um alimento ultraprocessado, pois sua formulação passa por etapas de processamento que incluem a adição de ingredientes como óleo, açúcar, sal, corantes artificiais, conservantes, entre muitos outros aditivos alimentares. Estas substâncias acrescentadas ao alimento cumprem a função de deixá-lo com cheiro, sabor e textura muito agradáveis ao paladar, de forma que o consumidor sinta muito prazer ao ingeri-lo e adote isto como uma prática frequente. Assim, na maior parte das vezes, estes aditivos são encontrados em quantidades muito grandes e, por isso, conferem ao alimento uma quantidade excessiva de calorias, além de oferecer risco de desenvolvimento de problemas de saúde relacionados à alimentação, como obesidade, diabetes, hipertensão e cárie, entre outros.
O que diz o Guia Alimentar Para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos?
O Guia Alimentar Para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos é um material desenvolvido pelo Ministério da Saúde do Brasil que apresenta informações e orientações sobre a alimentação de crianças nos primeiros 2 anos de vida, a fim de promover a elas um crescimento e um desenvolvimento saudáveis. Sobre o tema abordado neste post, o documento traz que, antes dos 2 anos de vida, é ideal que a criança não consuma nenhum tipo de açúcar, independentemente da forma de apresentação: açúcar branco, açúcar mascavo, mel, xarope de milho... nem mesmo em preparações ou para adoçar bebidas. Isso se deve ao fato de esta substância propiciar o sobrepeso na infância e, consequentemente, a obesidade e outras doenças na fase adulta. Além disso, o consumo de comidas açucaradas pode prejudicar a aceitação da criança de alimentos in natura, que são os ideais à alimentação mas podem ser menos palatáveis. Sendo assim, alimentos que contém açúcar, como o chocolate, estão fora da lista de comidas recomendadas a estas crianças.
E após os 2 anos?
Enquanto o consumo de chocolate por crianças menores que 2 anos é totalmente contraindicado, seu consumo a partir desta idade é permitido, mas sempre com prudência. Por todos os riscos à saúde apresentados acima, a ingestão deste alimento deve ser sempre moderada, evitando a recorrência, inclusive para adultos. A alimentação ideal de crianças maiores que 2 anos deve incluir, predominantemente, alimentos in natura ou minimante processados, pois estes oferecem nutrientes importantes à manutenção da saúde, além de promoverem a preservação do meio ambiente e o fortalecimento dos laços familiares e sociais, através da conservação de receitas e da prática da culinária. Os hábitos alimentares de uma pessoa são formados desde o nascimento, quando o bebê começa a ser amamentado, e a atenção a este aspecto da vida das crianças garante a elas uma vida mais saudável, com menor propensão de desenvolver doenças.
